sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Isso Não Tem Graça

(toda sexta-feira uma coluna sem graça)

Recentemente vi dois amigos discutindo como era difícil conquistar uma mulher. Como toda conversa de Facebook, não chegaram a um consenso. Normal. A internet tá aí pra esse tipo de coisa, criar discordância e gerar guerras.

Tenho uma opinião sobre esse assunto, mas polemizar do Facebook só é so two thousand eight. Prefiro fazer por aqui, que é old school.

Mulher gosta de cara babaca! Pelo menos, a maioria delas. Eu sou a maior prova disso.

Uma amiga vira para a outra e tem a seguinte conversa:

- Amiga, ele não presta. É um babaca.

- Ai, amigãn, mas eu gosto tanto dele...

De forma convicta eu afirmo: o babaca era eu. Pode pegar esse “amiga” e substituir por Tatiana, Patrícia, Fernanda, Aninha, Catarina, Heloísa... Não importa, o assunto era eu.

Enquanto novo, juvenil, ingênuo, cabaço, BV e viciado em Magic, as mulheres fugiam de mim como o Pac-Man dos fantasminhas. Naquela época, eu comprava flores, escrevia poesias, gravavas fita cassetes (sim, K7s) com músicas românticas, enviava cartas... Todo o clichê de filme americano.

Não preciso afirmar que o fracasso era uma criatura 20/20, voar, atropelar e com iniciativa. Em outras palavras: o fracasso era demasiadamente grande em excesso.

Depois disso, cansado de ser o amigo, estar na friendzone, ser colega e etc., resolvi quer era o momento de me tornar homem, deixar de ser garoto.

Fudeu! Eu criara um demônio!

O manual do babaca é simples: ser babaca até consigo mesmo.

E eu fui.

Cagava e andava para as mulheres. No melhor estilo “se quer romance, compra um livro”, a época mais babaca da minha vida me rendeu um número de mulheres que carinho, atenção ou amor nenhum me conseguiu. Sendo que, algumas vezes, eram mulheres que me conheciam da época em que eu era o patético/romântico.

Sem esforço, um babaca conquista a atenção de qualquer mulher. O desprezo, o desinteresse, as poucas palavras, o silêncio, são as armas para a conquista.

Vejam, se um cara me trata dessa forma, eu desço a porrada nele. “Tá achando que tá falando com quem?! Vai tomar no cu! Vai desprezar a avó, chupador de ferida!”. Agora, se é com uma mulher, ela se derrete.

Vai entender. Como pode a negação ser combustível? Não importa, eu era a Chevron e fazia as mulheres se perderem na minha falta de educação. Se era pra ser escroto, eu cagava tudo, como se fosse um derramamento de óleo no mar.

E funcionava. Sim, no passado.

Essa é a diferença. Mulher de verdade não gosta de babaca. Ela esquece esse tipo de homem e vai procurar segurança, conforto e, se for possível, um bom sexo. É óbvio que todas essas mulheres, com o tempo, passaram a me odiar. Natural. Um dia elas adquirem auto-estima e seguem adiante com outro homem ou com uma mulher.

A verdade é que o babaca leva o título. Ele é o comedor, o sinistro. Todas vão dormir com ele.

Do outro lado, romantismo é receita ultrapassada. As mulheres vão bater palma pra você, nunca uma punheta.

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